sexta-feira, 16 de abril de 2010

Ó Patria Amada - Intertextualidade

Como já foi falado aqui no blog, o nacionalismo é uma das características mais fortes do romantismo. O romantismo ingles ficou divido em duas partes a Nacionalista e a Gótica, ambas com grande importancia. Os principais heróis românticos, inclusive, são da geração nacionalista (Robin Wood, William Wallace, King Arthur, Tristão). Eles davam a vida não só por suas mulheres, mas também pela sua pátria.
Para ficar bem claro, vamos comparar esse sentimento com uma música bem conhecida por todos nós: o Hino Nacional Brasileiro. O herói símbolo da Inglaterra, Robin Wood, era apaixonado por sua terra.
“Ó Pátria amada
, idolatrada, Salve! Salve! (...) Terra adorada, entre outras mil, és tu, Brasil (no caso, Inglaterra), ó Pátria amada!”
Quando retorna a sua terra organiza um exército para trazer o Rei Ricardo de volta ao poder e livrar o povo daqueles exploradores; assim como William Wallace, de “Coração Valente” que também organiza um exercito. Mas seu objetivo era conquistar a liberdade da Escócia, livrando-a das mãos da Inglaterra.
“ Verás que um filho teu não foge à luta, Nem teme, quem te adora, a própria morte.”
Wallace sonha com o dia em que a Escócia será independente. A independência é um sonho intenso que todos os escoceses compartilhavam:
“Brasil (no caso Escócia), um sonho intenso, um raio vívido”

Trechos do filme “Coração Valente” que comprovam o sentimento de nacionalismo, já que William queria a independência (liberdade) da Escócia: _ Eu quero uma casa, e filhos. Mas isso não vale de nada se não se tem liberdade. _ Voltem para a Inglaterra e digam pra eles que os filhos e filhas da Escócia já não mais lhe pertencem. _ Vocês desejariam uma chance, apenas uma chance de dizer aos nossos inimigos que eles podem tirar nossas vidas, mas nunca irão tirar nossa liberdade.

E quando William Wallace e seu exercito finalmente venceram a Inglaterra e conseguiram “conquistar com braço forte” a tão sonhada liberdade para o seu povo “o sol da liberdade, em raios fúlgidos, brilhou no céu da Pátria” naquele instante.

Terra adorada , Entre outras mil, És tu, ..., Ó Pátria amada!



por Edna Calixto

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Leão Ferido

O Romance de Heathcliff, me levou a pensar muito sobre sua reação quando perde a passoa amada, e como esse amor imenso e intenso afetou sua vida, e nessa música de Byafra reflete bem isso.Heathcliff: Leão Ferido
Feche os olhos
Não te quero mais
Dentro do coração...
Quantas vezes
Eu tentei falar
Com você...
Eu não gosto
De me ver assim
Mas não tem solução
A verdade dói
Demais em mim
Solidão...
Tenho que ser bandido
Tenho que ser cruel
Um leão ferido Feroz!
Sou um herói vencido
Anjo que fere o céu
Grito de amor sumido
Na voz!Que voz!Ouve!




por Mariem Faria

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Heathcliff



É um tipo de "herói" totalmente diferente de todos que imaginei ou idealizei, quando pensamos em um herói, a maioria das coisas que vêm na mente é um homem, forte, bonito, educado, cavalheiro, ou até mesmo perfeito, com poderes ou ações especiais que o diferencie dos demais homens. Heathcliff não se enquadra bem nesse pensamento, ele pode ser visto de vários pontos, como herói romântico ele é introspecto, individualista, idealista, ama exageradamente de forma doentia o que é típico do romantismo, abrindo mão da própria felicidade para ver o outro feliz. E se formos analisá-lo, por vários aspectos, a começar pela história pessoal, percebemos que na infância ele foi rejeitado por quase todos na família que nem era a verdadeira. Fisicamente ele também era diferente, por ser um cigano em uma família só de loiros e quando seu pai morre ele perde os privilégios que tinha sendo tratado a partir de então como empregado ou um burro de serviços (literalmente). Ele sofre com a rejeição da única pessoa que o aceitava e a quem ele amava, Catherine, e sofre por não ser a "pessoa certa" para ela segundo a visão da sociedade da época. Quando Catherine se casa, Heathcliff abandona o seu lar por não conseguir ver a pessoa amada com outro, retornando a Ventos Uivantes pouco antes da morte de Catherine, isso gera o maior conflito de sua mente, porque o único desejo que ele tem é a vingança contra tudo e todos, como se a morte dela fosse a força para ativar a grande bomba que havia em sua cabeça. Uma bomba é uma arma explosiva cuja energia deriva de uma reação nuclear e tem um poder destrutivo imenso — dependendo da potência, uma única bomba é capaz de destruir toda uma grande cidade. E assim como o poder destrutivo nas mãos de Heathcliff afeta não só á ele, mas todos a sua volta, de uma forma intensa. O rancor que o mobiliza transforma todos a sua volta em vítimas, nos levando a pensar se ele é o protagonista ou o antagonista, ou ambos ao mesmo tempo.



Ambiente : é centrado em Yorkshire, norte da Inglaterra, em fins do século XVIII região agreste, desolada e selvagem e varrida pelos ventos, é a mesma que nas primeiras décadas do século serviu de lar quase constante à autora do romance. "Os fortes ventos atlânticos que, de modo turbulento, impelem as nuvens, nevoeiro deste céu escuro e chuvoso". Esse ambiente agreste e o livro que foi escrito às vésperas da sua precoce morte não impediu que Emily encontrasse nessa solidão muitos prazeres, dos quais o maior era o sentimento da liberdade. Ela relata um amor que transcende os amantes, que os exalta e aniquila. Mais certo, fiquei demasiadamente fascinada por Heathcliff, um personagem que reflete bem nesse cenário escuro sombrio que a autora vivia, porque ele também era misterioso; foi isso que levou-me entender o livro e a ele de diversas formas, quando li pela primeira vez tive um ponto de vista, na segunda, pude entendê-lo e poderia ler três, quatro...dez vezes, que acharia várias formas de pensar como ele é e como pensava: ao mesmo tempo em que é loucamente apaixonado, é também rancoroso, vingativo, ferido. O cenário com os ventos também refletiu em Heathcliff que achava que ouvia as vozes da amada depois de morta, confudia os barulhos dos ventos, assim como a autora também devia ficar assustada com os ventos fortes que ela relata em Yorkshire.
Apesar de toda minha reflexão, Heathcliff continua sendo um personagem misterioso e intrigante para mim, na verdade ainda acho que eu também tenho ouvido os ventos...


por Mariem Faria

O Morro dos Ventos Uivantes

É um dos romances mais apaixonados e sombrios que já vi, tem um senso de mistério, amor (não correspondido) e vingança.
Começa quando Heathcliff era apenas um menino, e foi adotado pelo Sr. Earnshaw, todos os membros da fazenda acham o garoto estranho, exceto Catherine (filha do Sr. Earnshaw) que o adora. Hindley (irmão de Catherine) tem ciúmes da forma como o pai cria Heathcliff, quando seu pai morre, Hindley assume tudo, impedindo a educação de Heathcliff e tratando-o como um trabalhador braçal.
Ele tenta fazer com que Catherine se dê bem com os Lintons, que é uma família rica e respeitada, criando assim uma barreira entre ela e Heathcliff. Um dia, Edgar Linton pede Catherine em casamento e ela aceita, por considerar que com Heathcliff ela perderia status na sociedade.
Heathcliff deixa os Ventos Uivantes e Catherine fica arrasada, quando ele retorna, começa o conflito emocional dela, por querer os dois homens na sua vida e acaba ferindo eles e a si mesma, até quando ela dá à luz a uma filha de Edgar e morre.
Heathcliff fica com um tumulto na sua mente com a notícia da morte de Catherine, declarando guerra a todos aqueles que lhe separaram dela, ele então tem um caso com Isabella, irmã de Edgar, e gera um filho com ela. O resto da estória mostra como Heathcliff destrói Hindley e toma os Morros Uivantes, e trata Hareton, filho de Hindley, da mesma maneira que ele foi tratado anos atrás por seu pai, ele força a filha de Catherine, Cathy, a se casar com seu filho Linton e se apodera de tudo.
Com a morte de Heathcliff a "paz" retora ao local.


por Mariem Faria

terça-feira, 13 de abril de 2010

O Gótico e as principais obras do Romantismo europeu

A literatura gótica é parte do Movimento Romântico do final do século XVIII e surgiu na Inglaterra.

Estava conversando com meu pai sobre o trabalho (tá sobrando pra todo mundo), falando sobre o gótico que havia surgido na Inglaterra e que influenciava obras até hoje e tal. Entao meu pai me me disse que "nao só a Inglaterra, mas toda a Grã Bretanha sempre foi um lugar onde havia muitas histórias e lendas de fantasmas, espiritos, bruxas, monstros, enfim, coisas místicas." 
Se pararmos para pensar um pouco percebemos que é verdade isso. Por exemplo o rei Arthur, que existiu de fato... sua vida é rodeada por histórias como a da espada mágica e que ele foi criado por feiticeiras. Tem também a história do monstro do lago Ness, na Escócia.
Todo esse gosto pelo sobrenatural da sociedade britanica pode ter influenciado o nascimento da cultura gótica

O movimento Gótico é caracterizado pela inovação, espontaneidade, liberdade de pensamento e expressão, idealização da natureza e crença de viver numa era de novos começos e grandes possibilidades. 
A primeira novela que depois foi identificada como gótica foi o “Castelo de Otranto: uma historia gótica” de Horace Walpole, escrita em 1764. Como muitas outras historias góticas, se passa numa sociedade medieval, com muitos desaparecimentos misteriosos e o protagonista é solitário e tem uma certa natureza egocêntrica.
Novelas góticas eram escritas para evocar o terror nos seus leitores, mas elas também serviam para mostrar o lado negro da natureza humana. Elas descrevem os “terrores que se escondem embaixo da controlada e ordenada superfície da consciência humana”.



Resumo: “ O Castelo de Otranto ” de Horace Walpole

O romance gótico de Walpole conta a história do príncipe Manfredo, senhor do principado de Otranto, e que, na ocasião do casamento do seu filho (e único herdeiro homem) Conrado, tem início uma maldição que percorria gerações de sua família e que aterrorizou todos em seu castelo: o assassinato sobrenatural de Conrado. Manfredo, ao saber disso, enlouquece à procura de culpados reais para a morte de seu filho, na vã tentativa de não encarar o verdadeiro motivo que desencadeou a maldição sobre sua família. O decorrer da estória, vários personagens misteriosos surgem, incluindo-se aí visões de espíritos, e aumentam ainda mais o suspense da trama, trazendo revelações incríveis e questionando a legitimidade do trono de Manfredo.
Uma pequena, mas ótima história, com todos os elementos clássicos para um suspense sobrenatural: o castelo gótico, o príncipe tirano, o assassinato extraordinário do único herdeiro, a maldição que paira sobre uma descendência e por fim, todas as reviravoltas no destino de uma família, causadas por erros do passado, mas que sempre voltam a assombrar.

 

Pode-se notar uma GRANDE influencia do gotico nas obras mais recentes. A questão de vampiros, bruxos que vivem em castelos com fantasmas e até nas capas dos livros, como os da saga crepúsculo podemos notar vestigios dessa... cultura como o uso das cores preto, vermelho e branco. Enfim, tudo isso começou lá na Inglaterra :)


 



As principais obras românticas europeias são: Cantos e Inocência do poeta inglês William Blake, Os Sofrimentos do Jovem Werther e Fausto do alemão Goethe, Baladas Líricas do inglês William Wordsworth e diversas poesias de Lord Byron. Na França, destaca-se Os Miseráveis de Victor Hugo e Os Três Mosqueteiros de Alexandre Dumas.

por Edna Calixto
Don Juan na literatura:
Don Juan e seu amigo Don Luís contam suas seduções um para o outro, procurando saber qual o mais conquistador.
Don Juan excede a Don Luís que, então, lança-lhe o desafio de conquistar uma mulher com a alma pura, deixando nele o desejo de conquistar uma mulher devota. Então, este propõe-se a seduzir Dona Inês, noiva de Don Luís - o que efetivamente consegue, ao tempo em que encontra o verdadeiro amor.
Enraivecidos, o pai de Dona Inês junto a Don Luís procuram vingar-se. A história termina com uma disputa entre as almas de Dona Inês e do seu pai pela alma de Don Juan: enquanto este tenta levá-lo para o inferno, aquela consegue trazê-lo para o céu.
Essa questão de almas, céu e inferno já está relacionada com o gótico .

Don Juan na visão de Byron:
O famoso poeta romantico, Lord Byron
escreveu uma versão épica para Don Juan, que é considerada sua obra-prima. Entretanto, esta obra restou inacabada, com sua morte, mas retrata um Don Juan vitimado por uma educação católica repressiva, sendo fruto inocente desta visão distorcida.
Neste poema Don Juan é iniciado no verdadeiro amor pela bela filha de um pirata, que o vende depois como escravo para a esposa de um sultão, a fim de satisfazer-lhe os desejos carnais. O Don Juan de Byron é menos sedutor e mais uma vítima dos desejos femininos.
Em psiquiatria clínica o diagnostico para o comportamento de Don Juan é de Sociopatia ou Personalidade Anti-Social já que para ele só interessa o instante do prazer e o triunfo sobre sua conquista, principalmente quando a presa de seu interesse tem uma situação civil proibida (casada, freira, irmã ou filha de amigo, etc).


A expressão "don juanismo" surgiu por conta de Don Juan, jovem conquistador e sedutor que após conquistar as mulheres, abandonava-as. Voce conhece algum Don Juan ?




por Tamirys

Shakespeare Apaixonado

Shakespeare precisava escrever uma peça. Escreveu uma chamada “Romeu e Ethel”.
Começam os testes para a peça, e uma mulher vai fazer teste para ser Romeo, vestida de homem, já que naquela época era proibido mulheres participarem de encenações no teatro.
Um dia Shakespeare descobre sua identidade e eles começam a ter um romance, um romance proibido, pois ela já estava prometida para outro homem. William e Milady começam a se beijar e um menino vê tudo e conta para os oficiais da Inglaterra que vão imediatamente para o teatro para fechá-lo de vez. Mas um amigo se Shakespeare consegue um lugar para a apresentação, porem Milady (que faria Romeo) não poderia mais apresentar porque a apresentação seria no dia do seu casamento (o qual ela não queria porque estava apaixonada por Shakespeare). O show tinha que continuar e Shakespeare então faria o seu papel na peça.
Chega o dia. F
altando minutos para começar o ator que faria o papel de Julieta não consegue fazer voz feminina. Milady se casa e depois consegue fugir para ver a apresentação. Ela chega bem na hora e faz o papel de Julieta. A apresentação é um sucesso, mas bem no final chegam os oficiais da Inglaterra para prendê-los, pois estavam violando as regras: uma mulher estava se apresentando. Do meio da multidão surge à rainha que os impede de agir. Milady a pede que anule seu casamento, pois amava Shakespeare, mas o que Deus uniu nem a rainha separa. A peça passou a se chamar Romeo e Julieta.
No fim Milady deixa Shakespeare, e ele escreve uma peça para ela chamada Viola, e ela se torna a inspiração eterna de Shakespeare.





As influencias de Shakespeare no romantismo inglês:
Shakespeare viveu na época em que o estilo literário predominante era o Arcadismo, em que os poemas e peças consistiam em fugir da cidade. Buscavam coisas perfeitas relevando a natureza. Porem Shkaespeare já estava a frente para a sua época. Já se notava um pessimismo e um gosto pela morte - na peça Romeu Julieta de Shakespeare os dois personagens morrem por amor. O sofrimento por amor é uma característica já do romantismo. William em seu romance (Romeu e Julieta) descreve Julieta com muito subjetivismo, trata dos assuntos de forma pessoal, de acordo com sua opinião sobre o mundo, como se estivesse falando de sua amada Milady. Os seus poemas tem muito de sentimentalismo exacerbado, atravez da emoçao da tristeza da desilusao e a saudade e isso é uma caracteristica de poetas romanticos.

por Luane Portes

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Coração Valente

William Wallace era um Escocês que, quando criança, viu seu pai e irmão assassinados por soldados ingleses, ficando sob os cuidados de seu tio, que o transforma em um homem culto e honrado.
Quando retorna a sua terra ele casa-se com a camponesa Catherine. Porem ela é morta por soldados ingleses no primeiro dia de seu casamento.
Contudo William comanda um pequeno exército a fim de lutar pela liberdade da escócia e para vingar a morte se sua esposa.

Características do romantismo na história: O herói demonstra muito amor e bravura pela sua esposa e pela sua pátria, Escócia inclusive morreu por eles. O amor permanece mesmo após a morte da amada.
O Herói: William Wallace era um guerreiro muito patriota, nacionalista, orgulhoso e apesar de saber falar várias línguas tinha características bárbaras. Ele lutou por sua noiva e pela liberdade da Escócia ate seu ultimo suspiro.
O Amor: escondido, bonito, fiel, apesar de ter durado pouco, pois Catherine (noiva de William Wallace) morre. William Wallace continuou a amando mesmo depois de morta.
A mulher: As mulheres eram totalmente submissas. Nessa época a Inglaterra dominava a escócia e os senhores feudais tinha o direito a “prima noctes” (as escocesas deviam passar a primeira noite de casadas com o senhor feudal)

por Quezia