segunda-feira, 22 de março de 2010

Robin Wood, o príncipe dos ladrões


Robin Wood, um jovem cavaleiro, hábil no arco e flecha, retorna a sua amada Inglaterra depois de fugir da prisão em Jerusalém, onde ficou preso após participar de uma Cruzada.
Quando volta pra casa descobre que seu pai havia sido morto pelos seguidores do xerife de Nottingham
.
Robin, junto com seu amigo Azeem, quem ele havia ajudado a fugir da prisão em Jerusalém, mataram uns dos soldados de Nottingham e se refugiaram na floresta de Sherwood como foras-da-lei.
Na floresta eles passam a viver com um grupo de assaltantes e passa a organizá-los para atacar o xerife que era muito ruim para o povo.
Wood se apaixona por Marian, irmã de um amigo seu que morreu no cativeiro, porem ela é seqüestrada para se casar com seu inimigo.
Com a ajuda de seus homens, Robin ataca o exército de Nottingham, resgata Marian e livra a cidade daqueles corruptos.

Robin Wood ficou conhecido como herói do povo, já que ele roubava dos ricos e dava aos pobres.
Robin Wood é o herói símbolo da Inglaterra
. É bonito, hábil com armas (o arco e flecha, aliás, é a marca do herói), ajuda os pobres, muito nacionalista, luta, sofre e ama muito.
Ele luta pela sua Inglaterra. Quando retorna a sua amada terra ele, literalmente, a beija.
Todos os herois sempre sofrem nas histórias e não foi diferente com Robin. Ele passa pro maus momentos deixando seu amigo para traz em Jerusalém, quando descobre a morte injusta de seu pai, quando acha que uma mulher horrorosa (nada romântica) é sua amada.
Sua história se diferencia das outras pelo fato de que ele se casa e vive feliz para sempre com Marian (normalmente os amores românticos não davam certo, quase sempre a mulher era coprometida ou morria, mas essa obra faz parte das obras da primeira geração do romantismo que ainda tinha muito de arcadismo, tanto que Robin passa a viver em uma floresta, a floresta de Sherwood).



Hoje em dia a figura de Robin Wood é mais conhecida apenas por um ladrão com arco e flecha que roubava para ajudar os pobres e usava um chapeu com uma pena.


por Edna Calixto

terça-feira, 16 de março de 2010

Painel histórico-social e características do romantismo inglês

" A história e a sociedade da época influem diretamente nas obras em qualquer escola literaria. Os autores escrevem sobra aquilo que se passa ao redor dele. No romantismo nao foi diferente. Em cada época, de uma forma diferente, os artistas nos mostram um pouco da historia e da sociedade atravez de musicas, pinturas, poesias e romances. "O Romantismo surgiu entre 1785 e 1830 na Europa, inicialmente na Alemanha e na Inglaterra numa época em que a Inglaterra estava agitada por causa das Revoluções Francesa e Industrial. Esses acontecimentos formam o “cenário” do romantismo inglês e influenciaram as obras dessa época.
A Inglaterra no século XIX era a maior potência mundial. Os ingleses possuíam a maior economia, a maior marinha, acesso aos maiores mercados consumidores, muitas industrias que distribuíam produtos para o mundo inteiro e possuía territórios em todos os continentes. Havia mão-de-obra abundante e barata (principalmente adultos e crianças que vieram do campo pra cidade para trabalhar nas fabricas e viviam na miséria).

A revolução industrial levou a migração das populações do campo para a cidade. A população deixava de ser rural e passava a ser urbana. Em 1801, na época do primeiro censo, apenas cerca de 20% da população vivia nas cidades. Em 1851, a figura tinha atingido mais de 50%.



Foi um tempo de prosperidade da aristocracia e da burguesia inglesa. A Revolução Industrial determinou o surgimento do proletariado. O aparecimento dessa nova classe social e a incorporação da figura da mulher no mundo cultural favoreceram o nascimento do Romantismo, porque deram origem a um novo público leitor juntamente com os ricos emergentes (aqueles que alcançaram o sucesso trabalhando com suas fábricas, acumulando capital para adquirir terras e bens e tornaram-se tão ricos quanto a alta sociedade clássica).
A aristocracia oferecia ao artista o ócio necessário á criação artística, a burguesia exigia da sociedade, intenso trabalho, disponibilizando ao seu criador total liberdade.


A Grã Bretanha nem sempre foi unida. Havia muitos povos espalhados e sem terra já que, nessa época, a Inglaterra dominava quase toda a Ilha Bretã e os povos (galeses, escoceses e bretãos) desejavam ter o próprio país, com o próprio governo. Eles não aceitavam viver sob domínio inglês. A dominação desses “povos não-ingleses e não-organizadas que ficaram sujeitos á Inglaterra” trouxe inspiração á alguns românticos para suas obras. As obras, principalmente da 1ª geração, retratam muito bem esse sentimento de nacionalismo.
Falando em características, o liberalismo é adotado agora; o artista direciona sua atenção para o seu próprio objeto de desejo, alheia-se ao mundo em redor e volta-se para dentro de si, fazendo com que o romantismo não só caracterize pela defesa da liberdade e privilégio da emoção, mas também pela atribuição de valor a experiência individual e a imaginação (idealismo) como base principal. É característico do romantismo mundo repleto de imaginações, mistérios, sátiras, morte, felicidade, infelicidade, mulheres lindas, saudade, heroísmo e amor, além de representar agora, a substituição da razão pela emoção.

Os principais temas abordados eram: amores platônicos, acontecimentos históricos nacionais, a morte e seus mistérios.
A mistura de dois mundos para os autores, o mundo real e o seu mundo criado. O amor romântico é um amor que apesar de muito grade é um amor dificil, sofrido, proibido ou difícil de acontecer seja por motivo social, rivalidades entre famílias ou a morte da pessoa amada.

" O amor é sinônimo de sofrimento, mas também é a razão maior da própria vida."


Apesar de na sociedade da época a mulher nao ter muita participação, nas estorias romanticas elas eram vistas como deusas. A mulher era uma musa linda, amada e desejada. A mulher e o amor eram a razão do viver e um bom motivo para morrer.
"O lugar da mulher é a casa!" Naquele período, a idéia de função da mulher era essa. O que era exigido a uma aristocrata dessa época? Ser capaz de fazer algumas tarefas domésticas, cantar, tocar algum instrumento e falar um pouco de francês (apesar de a Inglaterra ser a maior potencia financeira do século XIX, no sentido comportamental o chique era ser francês) ou italiano (o latim e o grego eram línguas masculinas).
Na moda, especialmente por conta da religião, era a de vestidos fechados do pescoço ao pé (indo além, inclusive). Vestidos que deixavam o colo à mostra eram utilizados basicamente em eventos sociais.
As garotas eram criadas desde pequenas com a intenção de se tornarem "casáveis” e não criarem perturbações para seus maridos, sendo quase que completamente ignorantes em assuntos políticos, econômicos e sociais, e altamente dependentes de seus maridos.
Para os homens, as esposas praticamente existiam para a função da reprodução, companhia de eventos sociais e administração do lar. De maneira extremamente hipócrita, eles exigiam que elas se mantivessem fiéis - ainda que tivessem amantes para esperá-los nos "Clubes de Cavalheiros".



por Edna, Janine e Mariem