sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Tchau Inglaterra e Olá Brasil - momento histórico e características

É com tristeza que encerramos o assunto "Romantismo na Grã Bretanha", mas, por outro lado, já começaremos a falar sobre o ultrarromantismo no Brasil.
O ultrarromantismo foi no Brasil, assim como na Inglaterra, a segunda fase do romantismo e foi MUITO influenciada pelos artistas malditos ou satanicos europeus, principalmente por nosso querido Lord George Gordon Byron.

No Brasil há um episódio que deve ser levado em consideração para o surgimento do Romantismo que foi a chegada da corte portuguesa, fugida de Napoleão Bonaparte, na cidade Rio de Janeiro em 1808. Com isso, a cidade passou por um processo de urbanização já que, junto com a corte, vieram as universidades (que até então não existiam no país), bibliotecas, a imprensa e, mesmo que poucas pessoas fossem alfabetizadas ou pudessem ter acesso à esses novos recursos, a literatura ficou, de certa forma, mais acessível, portanto, o pubilco leitor aumentou.
Após a independencia em 1822, um grande sentimento de nacionalismo tomou conta dos brasileiros e houve uma busca ao passado histórico e em suas obras, os artistas começaram a exaltar a natureza da pária. Há tambem uma tentativa de diferenciar a lingua literária brasileira da lingua portuguesa de Portugal.
Tudo isso foi favorável ao surgimento do romantismo que durou aproximadamente de 1836 a 1881
Durante esse período, jovens poetas universitários de São Paulo e do Rio, influenciados, principalmente, por Byron, Goethe e Musset, reuniram-se em um grupo dando origem a poesia romântica brasileira conhecida como o ultrarromantismo.
Essa segunda fase romantica no Brasil foi caracterizada pelo pessimismo, ócio, desgosto de viver, o tédio; essa geração sentia-se perdida.
O apego a bebida, ao vício, atração pela noite e pela morte caracterizava o "mal-do-século" características que estavam sempre presentes nas obras dos principais nomes dessa época: Alvares de Azevedo (que tambem escrevia sobre temas macabros e satanicos), Casimiro de Abreu, Fagundes Varela e Junqueira Freire.
A geração Byroniana, como tambem foi chamada, nao se apegava a temas como o nacionalismo e indianismo, pelo contrário, os despresavam, mas o subjetivismo, o egocentrismo e o sentimentalismo foram bastante acentuados

Edna Maria

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