domingo, 29 de agosto de 2010
Casimiro de Abreu e o amor na atualidade
As várias faces de Álvares de Azevedo e o "mundo" fake
Breakaway
Libertar
Cresci numa cidade pequena
E quando a chuva caia
Eu ficava na minha janela
Sonhando com o que poderia ser
E se eu terminasse feliz
Eu rezaria.
Tentando ao máximo alcançar
Mas quando eu tentava falar,
Sentia como se ninguém pudesse me ouvir
Queria fazer parte daqui
Mas algo parecia tão errado aqui
Então eu rezava
Eu me libertaria
Eu abrirei minhas asas e eu aprenderei como voar.
Eu farei qualquer coisa para tocar o céu,
Faça um desejo, aproveite a chance,faça uma mudança, e jogue tudo pro alto.
Fora da escuridão em direção ao sol.
Mas eu não esquecerei todos os que eu amo.
Vou correr o risco, ter uma chance, fazer uma mudança,e me libertar
Quero sentir a brisa quente
Dormir debaixo de uma palmeira
Sentir o agito do oceano
Embarcar num trem veloz
Viajar num avião a jato
Para bem longe
E me libertar
Eu abrirei minhas asas e eu aprenderei como voar
Eu farei qualquer coisa para tocar o céu
Faça um desejo, aproveite a chance,faça uma mudança, e jogue tudo pro alto.
Fora da escuridão em direção ao sol.
Mas eu não esquecerei todos os que eu amo.
Tenho que correr o risco, ter uma chance, fazer uma mudança, e me libertar.
Prédios com centenas de andares
Rodando em portas giratórias.
Talvez eu não saiba onde elas me levarão mas
Tenho que continuar, continuar
Voar para longe, me libertar...
Eu abrirei minhas asas e eu aprenderei como voar
Embora não é fácil te dizer adeus .
Tenho que correr o risco, ter uma chance, fazer uma mudança, e me libertar.
Fora da escuridão em direção ao sol.
Mas eu não esquecerei do lugar que eu vim
Tenho que correr o risco, ter uma chance, fazer uma mudança, e me libertar.
Me libertar
Me libertar
Eu acredito que a música Breakway de Kelly Clarkson tem muito a ver com essa vontade de se mostrar de verdade mas por causa das imposições sociais não poder fazer o que realmente deseja.Isso é o que acontece no fake ,as pessoas se libertam dos seus tormento pessoais e conseguem mostrar seu verdadeiro interior.
"Cresci numa cidade pequena
E quando a chuva caia
Eu ficava na minha janela
Sonhando com o que poderia ser"
Todo mundo que mora em uma cidade pequena sabe que é tudo um jogo para manter as aparências mas na verdade o que se tem é uma vida de fachada.É muito difícil ser o que se é de verdade e ser aceito em uma pequena cidade porque o preconceito sempre vai falar mais alto e uma enorme barreira vai ser criada entre você e o resto da sociedade.As pessoas vão olhar para você como se fosse um estranho que estraga a imagem da cidade.Não são aceitas outras tribos a não ser a tribo da elite da cidade.Não ouse tentar mudar essa realidade.Então o que fazer? Um fake para se libertar verdadeiramente.
"Tentando ao máximo alcançar
Mas quando eu tentava falar,
Sentia como se ninguém pudesse me ouvir
Queria fazer parte daqui
Mas algo parecia tão errado aqui"
Gizelle Marques
sábado, 28 de agosto de 2010
Segredos
Nos tempos antigos?__ amar não faz mal;
As almas que sentem paixão como a minha,
Que digam, que falem em regra gera!
__A flor dos meus sonhos é moça bonita
Qual flor entre aberta no dia ao raiar;
Mas onde ela mora, que casa ela habita,
Não quero não posso, não devo contar!
Oh! ontem no baile com ela valsando
Senti as delícias dos anjos do céu!
Na dança, ligeira qual silfo voando
Caiu-lhe do rosto seu cândido véu!
__Que noite e que baile! __Seu hálito virgem
Queimava-me as faces no louco valsar
As falas sentidas, que os olhos falavam,
Não quero, não posso, não devo contar!
Depois indolente firmou-se em meu braço
Fugindo das salas, do mundo talvaz!
Inda era mais bela rendida ao cansaço,
Morrendo de amores em tal languidez!
__Que noite e que festa! e que lângido rosto
Banhando ao reflexo do branco luar!
A neve do colo e as ondas dos seios
Não quero não posso não devo contar
__ Agora eu vos juro... Palavas!!__ não minto!
Ouvi a formosa também suspirar;
Os doces suspiros, que os ecos ouviram
Não quero, não posso, não devo contar!
Então nesse instante nas águas do rio
Passava uma barca e um bom remador
Cantava na flauta__"Nas noites d'estio
O céu tem estrelas e o mar tem amor !"
E a voz maviosa do bom gondoleiro
Repete cantando__ "viver é amar!"
Se os peitos respondem a voz do barqueiro...
Não quero, não posso, não devo contar!
Tremendo de medo... a boca emudece
Mas sentem os pulos do meu coração!
Seu seio nevado de amor se intumesce
E os lábios se tocam no ardor da paixão!
__ Depois mas vejo que vós, meus senhores,
Com fina málicia quereis me enganar;
Aqui faço ponto;__ segredos de amores
Não quero, não posso, não devo contar!
Casimiro de Abreu
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Agora vamos fazer uma pequenaa ánalise do poema, mais antes falaremos de algumas características de Casimiro de Abreu!
Em suas poesias Casimiro de Abreu emprega uma linguagem simples, terna, cativante e de leitura facil. O amor é sempre impossivel, delicado, plâtonico e idealizado, entrando em atrito com a pureza, a paixão é contida e tem receio de se entregar a mulher amada.
Suas obras álias, é quase toda tomada pelo mentoso conflito entre o desejo e o medo, a realidade pertubada e a pureza da infância, da natureza e dos sonhos, gerando a tristeza, a melancolia e o despressivo desejo de morte.
Seus versos nunca chegaram a ter a riqueza de imagem que encontramos nos poemas de Gonçalves Dias e Castro Alves. Tão pouco se aproxima dos versos mais irrônicos e satânicos. Mas não são menos ingênuos de Alvares de Azevedo.
Os Ultrarromanticos, temiam a realização amaorosa. Por isso, o ideal feminino é normalmente associado a figuras incorpóreas ou assexuadas, como anjo, criança virgem, etc... e as referências ao amor físico apenas de modo indireto, sugestivo ou superficial.
Agora voltemos ao poema!!
No poema segredos o autor usa das suas principais características, que é a forte musicalidade e a sensualidade.
Nas primeiras estrofes, há a descrição da mulher amada "idealizada".
"A flor dos meus sonhos";
Em seguida vemos uma coisa que não pode ser esquecido no baile.
"Caiu-lhe do rosto seu cândido véu!"
Cândido= Imaculado, puro.
-Antigamente as mulheres usavam véu, para representar a pureza.
Vimos então que essa pureza cai no instante do baile.
Com o decorrer do poema. Ela foge com ele.
"Fugindo das salas do mundo talvez"!
E um detalhe muito importante;
"Morrendo de amores em tal languidez"! (( Eles se amavam))
Laguidez= desanimo.
Nas ultimas estrofes vemos, Que passava uma barca e um bom remador cantando " viver é amar"
Detalhe: " Se os peitos respondem à voz do barqueiro..."
" Tremendo de medo a boca emudece"
" E os labios se tocam no ardor da paixão"!
Alguma dúvida do que esta acontecendo??
Para mim nesse instante eles estão se amando.
Mas na ultima estrofe o autor deixa bem claro:
__ Depois.... mas já vejo que vós, meus senhores,
Com fina málicia quereis me enganar;
Aqui faço ponto;__ segredos de amores
Não quero, não´posso, não devo contar!
Ele deixa dúvida, será que aconteceu??
Não quero, não posso não devo contar!
Nada mais é que um SEGREDO!!
sexta-feira, 27 de agosto de 2010
Lira dos vinte anos
Lira dos 20 anos
Alvares de Azevedo
A lira dos vinte anos foi considerada a principal obra do Alvares de Azevedo.Ela é uma coletânea de seus poemas.A obra , como a maioria das obras dele , é de publicação póstuma então a organização foi feita e refeita várias vezes por não se ter certeza de como é que ela seria de acordo com a cabeça do autor.A versão mais completa que é a que temos hoje foi organizada por Homero Pires.Ela contém um prefácio geral, uma dedicatória, a primeira parte que é composta por 33 poemas, a segunda parte com seu próprio prefácio e mais 19 poemas.A terceira parte é uma extensão da primeira.A divisão da lira dos 20 anos mostra a evolução poética de Álvares pois, na primeira parte, e consequentemente na terceira ele trata do amor e da vida com uma visão adolescente.E na segunda ele trata da vida com uma visão mais pessimista e mais adulta .
A primeira e a terceira parte são conhecidas como a face Ariel .Conta com uma poesia mais sentimental que é dócil e tende para a lírica, mas mesmo que seja de uma forma leve tratam sobre a morte, o medo de amar e também da mulher como ser superior e inalcançável.No prefácio ele explica do que trata essa primeira parte ele diz:
“São os primeiros cantos de um pobre poeta.É uma lira mas, sem cordas; uma primavera mas, sem flores;uma coroa de folhas mas, sem viço “
Há uma música do Legião Urbana que se chama amor platônico e ela representa bem o que era a mulher nessa primeira parte da poesia de Álvares de Azevedo.
Amor platônico
O poema "Anjinho" representa muito bem essa face Ariel de Alvares
A segunda parte conta com a face Caliban e irônica de Álvares.O leitor é alertado dessa mudança logo no prefácio da segunda parte quando o autor diz que é necessário cuidado ao virar essa página pois ao sair de Ariel, praticamente esbarramos em Caliban.O amor não é deixado de lado mas é representado de uma forma mais sombria e mística mas a principal temática dessa etapa são os fatos corriqueiros regados de sarcasmo e ironia.Glória Moribunda faz parte dessa segunda etapa de produção literária de Alvares.
Glória Moribunda
I
A terceira parte retoma o que foi a primeira tratando de forma mais doce os fatos que viravam poesia.O poema "Lembrança de morrer nos mostra como,mesmo que de uma forma delicada, trata da morte.
Gizelle Marques